Nuclear. Irão ameaça atacar bases militares dos EUA em caso de conflito

O Irão avisou hoje que atacará bases militares norte-americanas no Médio Oriente no caso de um conflito com os Estados Unidos, antes de novas negociações com Washington sobre o programa nuclear iraniano.

Inauguration ceremony of 1000 new drones ing the Iranian Army

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Lusa
11/06/2025 13:07 ‧ ontem por Lusa

Mundo

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"Se nos for imposto um conflito, o outro lado sofrerá certamente mais perdas do que nós", ameaçou o ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, lembrando que as bases militares norte-americanas no Médio Oriente estão ao seu alcance.

 

Os Estados Unidos têm inúmeras bases militares perto do Irão, a maior das quais no Qatar, onde se encontra a sede do Comando Central do Médio Oriente (Centcom) dos EUA.

O Irão e os Estados Unidos -- que outrora foram aliados próximos, mas que estão em conflito há quatro décadas -- realizaram recentemente cinco rondas de negociações sobre o programa nuclear iraniano, mediadas por Omã, esperando-se uma nova ronda no próximo domingo.

"Estou muito menos confiante (do que antes) em fechar um acordo" com o Irão, disse Donald Trump, numa entrevista para um 'podcast' do jornal New York Post, que foi divulgada hoje.

Os dois países estão a tentar chegar a acordo sobre um possível acordo que impedirá o Irão de produzir armas nucleares --- uma ambição que Teerão nega veementemente desejar --- em troca do levantamento das sanções norte-americanas.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o Irão é o único Estado sem armas nucleares a enriquecer urânio a um nível elevado (60%), muito acima do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo nuclear multilateral concluído com o Irão em 2015, mas do qual os Estados Unidos se retiraram unilateralmente em 2018.

Para fabricar uma bomba nuclear, o enriquecimento tem de ser elevado a 90%, de acordo com a AIEA.

O Irão recebeu este mês uma nova proposta de acordo, da parte dos Estados Unidos, cujas condições não foram aceites pelas autoridades iranianas.

O líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, o principal decisor em questões estratégicas, descreveu a oferta como "100% contrária" aos interesses do seu país.

De acordo com o presidente do Parlamento iraniano, Mohammad-Bagher Ghalibaf, a proposta norte-americana não refere a questão do levantamento das sanções, que Teerão considera ser uma condição essencial.

Na segunda-feira, o Irão anunciou que iria apresentar a sua própria proposta aos Estados Unidos nos próximos dias.

Leia Também: Nuclear. Irão diz haver "informações falsas" em documentos israelitas

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