A ilha de La Palma, nas Canárias, em Espanha, sofreu um apagão geral esta terça-feira, 10 de junho.
Segundo a imprensa espanhola, toda a ilha está sem energia e mais de 50.000 utilizadores foram afetados.
A interrupção ocorreu por volta das 17h30 (16h30 em Lisboa), altura em que começaram a ser detetadas falhas em casas, escritórios e serviços públicos.
Na origem do apagão estará "um disparo da turbina de geração", segundo informou a companhia elétrica Endesa à istração insular.
No gráfico da utilização energética em tempo real da empresa Red Eléctrica, gestora da rede em Espanha, foi registada uma queda para 1,2 megawatts, contra os 29 megawatts previstos, para alguns minutos depois cair totalmente para zero.
Os dados também mostram que o serviço já está a ser restabelecido em alguns pontos da ilha.
O Centro de Coordenação de Emergências 112 do Governo das Canárias informou que o problema já foi localizado e, até ao momento, não foram registados incidentes relacionados com o apagão.
Enquanto se trabalha para restabelecer o serviço, o governo regional ativou o Plano Territorial de Emergência de Proteção Civil, informou a Efe.
O incidente de hoje levou o presidente da câmara municipal local a lamentar que a cidade continue a ser um local "fora do primeiro mundo", exigindo aos governos central e canário medidas para evitar apagões como os de hoje.
"La Palma já sofreu demasiado para continuar a viver estas situações", disse Sergio Rodriguez, lamentando: "A nossa ilha não está no primeiro mundo".
O autarca acrescentou que o apagão de hoje já era esperado, não só devido aos vários incidentes similares das últimas semanas, mas também porque a central tem mais de 50 anos, e está obsoleta e dificulta o desenvolvimento da ilha.
Desde maio, e contando o que aconteceu hoje, a ilha de La Palma sofreu seis incidentes com o seu abastecimento elétrico com as causas a variar desde avarias técnicas até danos causados por movimentos de terra em instalações subterrâneas.
Toda a Península Ibérica sofreu um apagão no ado dia 28 de abril, cujas causas ainda estão a ser investigadas, embora tenha sido descartada a hipótese de um ciberataque.
A população é aconselhada a manter a calma, a não saturar as linhas de emergência e a poupar a bateria dos dispositivos eletrónicos.
[Notícia atualizada às 21h00]
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