"O texto foi apresentado", confirmaram três fontes diplomáticas citadas pela agência sa de notícias -Presse (AFP), que acrescenta que a votação está prevista para quarta-feira à noite.
Os 35 países membros do Conselho de Governadores estão reunidos desde segunda-feira na sede da AIEA, em Viena, estando previstas novas negociações entre o Irão e os Estados Unidos para esta semana.
Esta resolução exorta Teerão a "corrigir urgentemente o incumprimento" dos compromissos assumidos ao abrigo do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), salientando que "apesar dos repetidos apelos do Conselho", que adotou várias resoluções nos últimos anos, "o Irão não coopera plenamente com a agência".
Nestas condições, o órgão da ONU "não está em condições de garantir que o programa nuclear iraniano seja exclusivamente pacífico", lembrou o seu diretor-geral, Rafael Grossi, na abertura do Conselho na segunda-feira, apesar de Teerão negar querer dotar-se de armas atómicas.
Esta situação "levanta questões que são da competência do Conselho de Segurança das Nações Unidas", órgão habilitado a impor sanções, de acordo com o texto da resolução, que, portanto, faz pairar a ameaça de um reenvio do dossiê se Teerão não responder concretamente nas próximas semanas.
O Irão ameaçou reduzir a sua cooperação com a AIEA se uma resolução fosse adotada e, no ado, reagiu desligando câmaras de vigilância, aumentando o número de centrifugadoras utilizadas para enriquecer urânio ou retirando a acreditação de inspetores internacionais.
Segundo o embaixador iraniano junto às organizações internacionais, Reza Najafi, o relatório da agência "carece de fundamentos sólidos e concretos, com muitos pontos do relatório a referirem-se a questões adas", pelo que "não pode, portanto, servir de base para qualquer resolução".
O texto "apresentado pelos países do E3 e pelos Estados Unidos é motivado por considerações políticas e, claro, o Irão reagirá firmemente em caso de adoção", concluiu.
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