Abbas a favor de que Hamas "deponha as armas" e "deixe de governar Gaza"

O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, declarou-se a favor de que o Hamas "deponha as armas" e "deixe de governar Gaza" no âmbito de um futuro Estado palestiniano, anunciou hoje a Presidência sa.

 Presidente palestiniano, Mahmud Abbas,

© AIN JAAFAR/AFP via Getty Images

Lusa
10/06/2025 09:03 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Numa carta enviada na segunda-feira ao Presidente francês, Emmanuel Macron, e ao príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, que copresidirão a uma conferência da ONU sobre a chamada solução de dois Estados, que decorrerá de 17 a 21 de junho, em Nova Iorque,  Abbas também se diz "disposto a convidar forças árabes e internacionais a mobilizarem-se no âmbito de uma missão de estabilização/proteção com um mandato do Conselho de Segurança".

 

Um futuro Estado palestiniano "não tem qualquer intenção de ser um Estado militarizado e está pronto a trabalhar em acordos de segurança em benefício de todas as partes", "desde que beneficie de proteção internacional", acrescenta.

"O que o Hamas fez a 07 de outubro" de 2023, "matando e fazendo reféns civis, é inaceitável e condenável", escreve ainda o presidente da Autoridade Palestiniana, apelando ao movimento islâmico palestino para "libertar imediatamente todos os reféns e pessoas detidas".

Por seu lado, a Presidência sa saúda num comunicado os "compromissos concretos e inéditos, que demonstram uma vontade real de avançar para a implementação da solução de dois Estados".

A França quer fazer da conferência internacional prevista na ONU um momento-chave para relançar esta solução, que o governo de Israel, no entanto, não quer. 

Macron, que estará em Nova Iorque a 18 de junho, diz-se "determinado" a reconhecer um Estado palestiniano, potencialmente nessa ocasião, mas também impôs várias condições, incluindo a "desmilitarização" do Hamas e a não participação do movimento de resistência islâmico na governação desse Estado.

Na carta, Abbas compromete-se também, novamente, a continuar a reformar a Autoridade Palestiniana e confirma a vontade de organizar "eleições presidenciais e legislativas dentro de um ano", sob "supervisão internacional".

"Estamos prontos para assumir toda a nossa parte na promoção de um caminho credível e irreversível para o fim da ocupação e avançar para a concretização de um Estado independente e soberano da Palestina e a implementação da solução de dois Estados, no âmbito de um calendário claro e com fortes garantias internacionais", insistiu Abbas.

Leia Também: "Muitas ambiguidades". Irão critica proposta dos EUA para acordo nuclear

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