"Parem as deportações, já!", "Abolir a Polícia de Imigração" e "Agentes de Imigração fora de Nova Iorque, já!" foram algumas das mensagens que se liam nos cartazes erguidos durante o protesto, que se concentrou na Foley Square, a poucos metros da Câmara Municipal de Nova Iorque.
Ao som de músicas cantadas em espanhol, como do artista porto-riquenho Bad Bunny, os manifestantes erguiam igualmente bandeiras dos Estados Unidos e da Palestina.
"Democracias reais não fazem pessoas desaparecer" e "Levanta-te pelo que é certo, defende os direitos dos imigrantes", podia ler-se em outros cartazes.
"A istração de Trump diz que os imigrantes estão a invadir as nossas comunidades. Mas não, são os agentes de imigração que estão a invadir as nossas comunidades. Trump está a gastar milhões de dólares para enviar militares contra a população que se levantou contras estas rusgas, [...] mas nós lutaremos juntos e não abandonaremos os nossos irmãos imigrantes", declarou um dos oradores no protesto, sendo amplamente aplaudido.
"Não podemos confiar nos Democratas para nos defenderem", afirmou uma outra oradora, filha de imigrantes palestinianos.
Os protestos em Nova Iorque acontecem num momento em que a cidade de Los Angeles, na Califórnia, está no quinto dia consecutivo de tensão, depois de manifestações pacíficas contra as rusgas de imigração terem escalado para confrontos com a polícia, com episódios de violência, carros incendiados e centenas de detenções que resultaram na militarização da cidade.
Num movimento raro e polémico, Donald Trump mobilizou a Guarda Nacional para Los Angeles apesar da oposição do respetivo governador.
Em Nova Iorque, as autoridades reforçaram a segurança em torno do protesto de hoje e avisaram que não tolerariam episódios de violência.
"Estamos aqui por todos os estudantes que vivem com medo", disse à Lusa uma jovem que não se quis identificar, referindo-se às ameaças de revogação de vistos que Donald Trump tem feito contra estudantes, que item um clima de medo e de limitação à liberdade de expressão.
Desde que tomou posse, em janeiro deste ano, Donald Trump pôs em marcha um plano para cumprir a sua promessa de campanha de efetuar a maior deportação em massa da história.
Desde então, o medo ficou "instalado a 100%" junto de várias comunidades de imigrantes por todo o país, garantiu à Lusa uma portuguesa em situação irregular nos Estados Unidos.
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