Bósnia decreta estado de catástrofe e mobiliza exército

O Governo da Bósnia decretou hoje o estado de catástrofe natural, que permite a mobilização do exército para construir campos de quarentena no país dos Balcãs, onde as autoridades receiam uma "explosão" da epidemia do novo coronavírus.

Exumados 28 cadáveres em região da Bósnia onde atuaram forças de Mladic

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Lusa
17/03/2020 17:51 ‧ 17/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

"Estamos no início de uma batalha contra a ameaça que a epidemia [motivada pela propagação] do coronavírus representa para a saúde e para a economia", declarou em conferência de imprensa o primeiro-ministro bósnio, Zoran Tegeltija, ao comentar a decisão do Governo.

O mesmo responsável anunciou a mobilização da engenharia militar para instalar acampamentos na proximidade dos postos fronteiriços e aeroportos com objetivo de colocar em isolamento obrigatório todas as pessoas que entrem na Bósnia-Herzegovina, e durante duas semanas.

Estas instalações provisórias deverão ser erguidas "a partir de hoje e até ao final da semana", precisou.

Na segunda-feira, a presidência colegial bósnia ordenou às Forças Armadas que se coloque à disposição das autoridades de Saúde, em função das suas necessidades.

As autoridades já proibiram a entrada no país aos cidadãos estrangeiros provenientes de zonas de grande transmissão do coronavírus, em particular a Itália, Espanha, França e Bélgica.

Os últimos dados referem-se a 30 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus na Bósnia, um país dividido em duas entidades rivais e com 3,5 milhões de habitantes.

Em declarações à agência noticiosa AFP, o diretor de um dos dois hospitais do cantão de Sarajevo, Zlatko Kravic, itiu à agência noticiosa AFP uma "explosão" do número de casos de contaminação.

"Esta doença é explosiva. Adotámos (...) todas as medidas (...) para tentar impedir esta explosão", prosseguiu o médico. "Mas é muito difícil porque o contágio [da Covid-19] é grande".

Kravic referiu ainda que os dois hospitais da capital bósnia possuem cerca de 70 respiradores.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

 

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