O diretor executivo da Fundação Ma Ying-jeou, Hsiao Hsu-tsen, explicou que o ex-líder da ilha (2008-2016) acompanha um grupo de estudantes, entre 14 a 27 de junho, naquela que será a quarta viagem à China desde que deixou o cargo, de acordo com um comunicado divulgado pela CNA.
Durante a visita, Ma e o resto da delegação vão participar na 17.ª edição do Fórum do Estreito, um evento duramente criticado pelo Governo taiwanês, além de viajarem ainda até à província noroeste de Gansu, para visitar os vestígios da antiga Rota da Seda, entre outras atividades de caráter cultural.
Hsiao, que não antecipou possíveis reuniões entre o ex-presidente taiwanês e altos funcionários do PCC, indicou que a situação atual entre os dois lados do Estreito "é mais grave do que nunca" e, por isso, manter o diálogo entre ambas as partes é "ainda mais necessário".
"Ma Ying-jeou está disposto a tomar medidas concretas e a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para promover o intercâmbio entre ambos os lados, construir pontes de paz e transmitir o desejo de intercâmbio que existe na sociedade civil de ambos os lados", referiu o diretor executivo da fundação, ainda segundo a nota.
A China e Taiwan aram por um momento de aproximação durante a presidência de Ma, a ponto de o líder ter mantido um encontro histórico em Singapura com o homólogo chinês, Xi Jinping, no final de 2015, o primeiro entre líderes dos dois lados do estreito em mais de 60 anos.
Ma e Xi voltaram a reunir-se em abril do ano ado em Pequim e, nessa ocasião, o Presidente chinês insistiu que "não há forças que possam separar Taiwan da China".
Esta viagem de Ma acontece num contexto de crescente tensão entre a China e Taiwan, uma ilha governada de forma autónoma desde 1949 e considerada pelas autoridades de Pequim como uma "província rebelde".
O Ministério da Defesa Nacional taiwanês relatou hoje a presença de 43 aeronaves de guerra chinesas nas proximidades da ilha, o número diário mais alto em dois meses.
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