Mais de 55 mil palestinianos foram mortos em 20 meses de conflito

O número de palestinianos mortos no conflito entre Israel e o Hamas, que dura há 20 meses, ultraou os 55 mil, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

Several killed after Israeli military strike in Gaza City

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Lusa
11/06/2025 15:48 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O ministério não faz distinção entre civis e combatentes, mas afirmou que as mulheres e as crianças representam mais de metade dos mortos.

 

Segundo o ministério, desde o início da guerra, foram mortas 55.104 pessoas e 127.394 ficaram feridas. Estima-se que muitas mais estejam soterradas sob os escombros ou em zonas iníveis.

O Ministério da Saúde faz parte do governo do movimento islamita palestiniano Hamas, mas é composto por profissionais médicos que mantêm e publicam registos pormenorizados. O número de mortos em conflitos anteriores coincide em grande medida com o de peritos independentes, embora Israel tenha questionado estes números.

A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar contra o enclave palestiniano com mais de dois milhões de habitantes, que já provocou mais 55 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

As forças israelitas destruíram vastas áreas da Faixa de Gaza, deslocaram cerca de 90% da sua população e, nas últimas semanas, transformaram mais de metade do território costeiro numa zona tampão militar que inclui a cidade de Rafah, agora quase desabitada, a sul.

O bloqueio de dois meses e meio imposto por Israel quando pôs termo ao cessar-fogo com o Hamas suscitou receios de fome e foi ligeiramente atenuado em maio. O lançamento de um novo sistema de ajuda apoiado por Israel e pelos Estados Unidos tem sido marcado pelo caos e pela violência, e as Nações Unidas afirmam que têm tido dificuldade em entregar alimentos devido às restrições israelitas, ao colapso da lei e da ordem e à pilhagem generalizada.

Israel acusa o Hamas de desviar a ajuda, mas a ONU e os grupos humanitários negam que haja um desvio sistemático.

As autoridades israelitas reclamam ter morto mais de 20 mil membros do Hamas, sem, contudo, apresentar provas. O Hamas ainda mantém 55 reféns - menos de metade dos quais se crê estarem vivos - e controla áreas fora das zonas militares.

A campanha militar israelita transformou grandes partes das cidades em montes de escombros. Centenas de milhares de pessoas vivem em campos de tendas e em escolas desativadas, e o sistema de saúde colapsou, numa altura em que enfrenta vagas diárias de feridos provocados pelos ataques israelitas.

O Hamas afirmou que só libertará os restantes reféns em troca de mais prisioneiros palestinianos, de um cessar-fogo duradouro e de uma retirada total de Israel e ofereceu-se para entregar o poder a um comité palestiniano politicamente independente.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou estas condições, afirmando que Israel só aceitará um cessar-fogo temporário para facilitar o regresso dos reféns. Prometeu continuar a guerra até que todos os reféns sejam devolvidos e o Hamas seja derrotado ou desarmado e enviado para o exílio.

Netanyahu afirma que Israel controlará Gaza indefinidamente e facilitará aquilo a que se refere como a emigração voluntária de grande parte da sua população para outros países. Os palestinianos e a maior parte da comunidade internacional rejeitam esses planos, considerando-os uma expulsão forçada que pode violar o direito internacional.

Leia Também: Filho de médico que morreu após ataque em Gaza transferido para Itália

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