Revestido no interior a azul marinho e com as organizações representadas também em tons de azul, o Pavilhão de Exposições, batizado de La Baleine (A Baleia em francês) para o evento, é onde a sociedade civil pode ar com "o mundo do oceano" através de fotografias, painéis gigantes, palestras e filmes.
Um dos filmes apresentados hoje foi o documentário Ilha dos Gigantes, de Nuno Sá, que tenta desvendar o mistério dos tubarões-baleia nos Açores.
Na zona onde está instalada a portuguesa Fundação Oceano Azul, existem dois filmes em realidade virtual, um com imagens do Oceanário de Lisboa e outro sobre um dia da expedição ao banco de Gorringe no navio Santa Maria Manuela com imagens do fundo mar.
Como não há muitos filmes do género, os equipamentos estão sempre ocupados, sobretudo por crianças que vêm com as famílias ou com professores e respetivas turmas.
"Isto não é muito engraçado para as crianças, estava à espera de ver uma réplica de uma baleia, mas não há nada disso, há poucos espaços com realidade virtual, é um pouco desapontante", disse Cristian Gosseaume, enquanto lia apressadamente a informação sobre os problemas do oceano como a poluição por plásticos.
No pavilhão da Polinésia sa (no pacífico sul e com 118 ilhas) estão os responsáveis de uma confederação que representa 60 associações pela proteção da biodiversidade e de espécies em perigo.
Sage Winiki disse que a Polinésia sa é maior do que a Europa e tem áreas marinhas protegidas, mas que essa proteção acaba por não se aplicar aos países estrangeiros, sobretudo a China, que apanha grandes quantidades de pescado.
Na zona da representação do Parque Natural de Cros, composto por duas ilhas no sul de França, um grupo de adolescentes que lá vive tenta explicar aos visitantes que se aproximam os problemas do arquipélago.
À volta de uma mesa mostram fotografias do mar já próximo das habitações para dizerem que "a principal questão são as dunas": "Tentamos protegê-las, assim como a vegetação das arribas", disse Julliete Denet.
A mostra da Zona Verde também inclui uma pequena sala sobre Palau, um arquipélago de 500 ilhas no Pacífico.
O Pavilhão de Exposições de Nice fica a dois quilómetros do porto da cidade, onde desde segunda-feira decorrem os trabalhos da Conferência do Oceano. Esta área foi designada de Zona Azul, e é aí que decorrem os 10 painéis temáticos de discussão diários e a sessão plenária.
Pela Zona Azul também já discursaram os cerca de 60 chefes de Estado e de Governo no primeiro dia dos trabalhos.
É também aqui que decorrem as reuniões bilaterais entre delegações de países e organizações que estão na conferencia ou são feitos anúncios ou declarações como a que juntou 95 países para um tratado mais ambicioso sobre os plásticos.
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