Referindo que Portugal descobriu o mundo e que tem a responsabilidade de dizer que o oceano "não é propriedade de ninguém, é propriedade de todos", Luis Montenegro disse que apesar de cada país ter áreas de jurisdição é preciso ter "consciência de que tudo o que se faz um pouco por todo o mundo no oceano tem repercussões para todos".
O primeiro-ministro falava aos jornalistas após a sua intervenção na sessão plenária da Conferência do Oceano das Nações Unidas na qual explicou os os que o país tem dado na defesa da proteção do oceano.
Os EUA, cujo Presidente Donald Trump retirou a América do Acordo de Paris sobre alterações climáticas, não está representado no encontro. Apenas cientistas de várias cidades confirmaram a presença.
"O desejável é que nós consigamos chamar à razão e trazer com a força dos argumentos todos aqueles que são relevantes e até diria que são todos relevantes, são relevantes os EUA como são relevantes todos os pequenos povos, as pequenas ilhas que estão desprotegidas ou aqueles países que têm menos meios por si para preservar algo que é de todos", explicou.
Para Luis Montenegro, é preciso "chamar todos à razão", incluindo os EUA, "que são um pilar também nesta estratégia. Agora não podemos ficar eternamente à espera uns dos outros".
O primeiro-ministro também explicou que o Governo está a criar mecanismos para os pescadores que não possam prosseguir a atividade por causa das imposições das áreas marinhas protegidas.
"Temos também toda a disponibilidade para acompanhar os pescadores quando eles sofrem os efeitos das nossas medidas", disse.
Ao mesmo tempo, "estamos muito empenhados em apertar a fiscalização: Já viu quanto injusto seria nós estarmos a impor restrições aos nossos pescadores e a vermos violadas as regras por aqueles que vêm de países estrangeiros para as nossas águas, isso seria naturalmente uma situação inaceitável".
Leia Também: Montenegro promete "compensar pescadores" e apertar fiscalização
