Investigada denuncia de alegado vício em drogas do presidente colombiano

Uma comissão parlamentar abriu uma investigação preliminar contra o Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para determinar a veracidade das declarações do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Álvaro Leyva, que o acusou de ter um problema com drogas.

Gustavo Petro

© Sebastian Barros/NurPhoto via Getty Images

Lusa
11/06/2025 21:15 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Colômbia

A decisão, com data de 10 de junho, mas divulgada hoje, responde a uma queixa apresentada pelo ex-ministro da Justiça Wilson Ruiz, com base em várias cartas enviadas por Leyva a Petro, acusando-o de ter um problema com drogas que, segundo o ex-chefe da diplomacia, poderia afetar o seu desempenho enquanto chefe de Estado.

 

Os membros da comissão são "competentes para conhecer as queixas apresentadas contra o Presidente da República por atos que possam constituir infrações disciplinares, conduta indigna ou má conduta no exercício das suas funções", de acordo com a decisão da Comissão de Investigação e Acusação da Câmara dos Deputados (câmara baixa do Congresso) da Colômbia, citada pela agência Efe.

Leyva, que foi o primeiro ministro dos Negócios Estrangeiros nomeado por Petro quando assumiu a presidência em agosto de 2022, foi suspenso do cargo em janeiro de 2024 pela Procuradoria-Geral da República devido a irregularidades num contrato de emissão de aportes durante o seu Governo.

Um ano depois, Leyva começou a publicar cartas nas quais discute o alegado vício do presidente em drogas e os problemas que isso lhe causou nas viagens ao estrangeiro.

Nas cartas, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Partido Conservador afirma ter testemunhado os alegados problemas de dependência do presidente de esquerda durante uma visita oficial a França em junho de 2023, à qual atribui os frequentes atrasos e ausências de Petro em eventos públicos, bem como os seus comentários confusos na plataforma de redes sociais X.

Com base nestas cartas, Ruiz, que desempenhou as funções de Ministro da Justiça durante o governo de Iván Duque (2018-2022), apresentou a queixa à comissão no final de abril, solicitando a verificação dos factos relatados por Leyva.

A comissão considerou que, embora Ruiz não tenha conhecimento direto dos factos, as cartas "contêm declarações que merecem verificação, pois podem comprometer o cumprimento dos deveres funcionais, a moralidade pública e a idoneidade do chefe de Estado".

A fase de inquérito preliminar visa "verificar se houve infração disciplinar e se há fundamento para a continuação do processo".

No âmbito desta investigação, a comissão considera essencial ouvir o depoimento de Leyva, a quem Petro chamou víbora e acusou de fazer parte de uma conspiração contra si, motivada, segundo o presidente, pela demissão do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.

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