O exército israelita irá mostrar vídeos do ataque de 7 de outubro de 2023 à sueca Greta Thunberg e aos restantes ativistas que estão a bordo do veleiro 'Madleen', que partiu há cerca de uma semana de Sicília, Itália, com destino a Gaza e com o objetivo de entregar ajuda humanitária.
De acordo com a Sky News, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita afirmou, esta segunda-feira, que o veleiro da Flotilha da Liberdade "está a fazer o seu percurso de forma segura até às margens de Israel", acrescentando que todos os ageiros se encontram bem.
O ministro mostrou ainda um vídeo onde é possível ver os ativistas a receberem sanduíches e água.
Por sua vez, o porta-voz do ministro da Defesa israelita, em comunicado, disse ter instruído as Forças de Defesa Israelita (IDF, sigla em inglês) para que exibam os vídeos dos ataques de dia 7 de outubro de 2023 a todos os que estão a bordo do veleiro, assim que chegarem ao porto de Ashdod.
"A antissemita Greta e os seus amigos apoiantes do Hamas devem ver exatamente o que a organização terrorista do Hamas - aquela que eles vieram apoiar - realmente é", salientou.
E acrescentou: "Eles devem ver as atrocidades cometidas contras as mulheres, os idosos e as crianças e perceber que Israel está a lutar para se defender".
O porta-voz do ministro da Defesa destacou ainda a "rápida e segura tomada do navio", elogiando as forças de defesa israelitas. Sublinhou também que Israel vai "continuar a sua luta moral e justa contra os assassinos do Hamas até que sejam derrotados, que todos os reféns sejam libertados e seja restaurada a completa segurança" no país.
De recordar que o navio com ajuda humanitária Madleen, que tentava chegar a Gaza foi desviado no domingo à noite pelas autoridades israelitas, que disseram aos ageiros para "regressar aos seus países".
"[O navio] está a dirigir-se em segurança para a costa israelita. Os ageiros devem regressar aos seus países de origem", declarou o ministério israelita dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
O navio, com doze ativistas ses, alemães, brasileiros, turcos, suecos, espanhóis e holandeses a bordo, tinha partido de Itália a 1 de junho para "quebrar o bloqueio israelita" em Gaza, onde a situação humanitária é desastrosa após mais de um ano e meio de guerra.
Leia Também: "Regressem". Israel proíbe chegada de navio com ajuda humanitária a Gaza