Durante uma visita organizada para a imprensa internacional a Gaza, as autoridades israelitas mostraram um buraco no chão que integra uma rede de túneis pertencentes ao grupo extremista Hamas e onde estava Mohammed Sinwar.
"Encontrámos, debaixo do hospital, mesmo debaixo das urgências, um complexo de várias salas e numa delas encontrámos, matámos Mohammed Sinwar. Podemos prová-lo agora", disse o porta-voz do exército Effie Defrin a um pequeno grupo de meios de comunicação social a quem foi permitido o o ao túnel no enclave palestiniano, onde Israel não permite a entrada de jornalistas há 20 meses.
O porta-voz militar disse que as tropas também encontraram "uma grande quantidade de munições, arsenais de armas e dinheiro" ao longo da rede subterrânea.
Just in case you still had doubts about his identity—here’s Sinwar’s Israeli and Hamas documentation, as well as his driver’s license. pic.twitter.com/InsMzvsIpm
— Israel Defense Forces (@IDF) June 8, 2025
Defrin disse que o exército já tinha efetuado testes de ADN ao corpo de Sinwar para o identificar.
Esta versão tem sido rejeitada pelo Hamas, que acusa Israel de fazer uma operação de propaganda para a imprensa internacional.
"A análise indica que foram as forças de ocupação que escavaram o terreno e instalaram o tubo, tendo depois filmado uma cena dramática perto das urgências do hospital", refere em comunicado o Hamas.
Mohammed Sinwar era, segundo o exército israelita, o sucessor do seu irmão Yahya na liderança do Hamas.
No final de maio, o exército confirmou que, no dia 13 do mesmo mês, tinha matado Sinwar numa operação conjunta com os serviços de informação internos, num ataque aéreo contra as imediações do hospital.
Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o movimento islamita palestiniano Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.
A guerra naquele território palestiniano fez, até agora, quase 55.000 mortos, na maioria civis, e pelo menos 125.000 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
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