Imigração. Manifestantes e Guarda Nacional em confrontos em Los Angeles

Membros da Guarda Nacional e manifestantes contra a expulsão de imigrantes confrontaram-se hoje em Los Angeles, nos Estados Unidos, horas depois de as tropas federais terem chegado à cidade por ordem do Presidente Donald Trump.

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Lusa
08/06/2025 22:59 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Estados Unidos

Nestes incidentes, foi disparado gás lacrimogéneo contra uma multidão que se juntou no exterior de um complexo federal, na descrição da agência de notícias Associated Press.

 

O confronto teve início em frente ao centro de detenção, no centro de Los Angeles, quando um grupo de manifestantes gritou insultos contra os elementos da Guarda Nacional, alinhados ombro a ombro atrás de escudos de plástico antimotim.

Não há notícia de detenções.

Cerca de 300 soldados da Guarda Nacional chegaram hoje a Los Angeles, na sequência dos confrontos dos últimos dias entre manifestantes e agentes federais de imigração, que começaram na sexta-feira no centro da cidade e se estenderam no sábado a Paramount, uma cidade fortemente latina a sul da cidade, e à vizinha Compton.

A tensão aumentou com uma série de rusgas pelas autoridades de imigração, que resultaram em mais de 100 detenções de imigrantes, levando Donald Trump a anunciar o envio de 2.000 soldados para a Califórnia para travar protestos contra rusgas anti-imigração.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, acusou Donald Trump de uma "reação completamente exagerada" destinada a criar uma demonstração de força e a dar espetáculo.

No sábado, a cidade de Paramount, na Califórnia, foi palco confrontos entre manifestantes e agentes de vários serviços de segurança norte-americanos, deslocados em mais de 50 veículos federais, junto a uma empresa onde foi efetuada uma rusga anti-imigração clandestina.

Ativistas e membros da comunidade protestaram para tentar impedir as detenções, mas durante mais de duas horas os agentes federais repeliram os manifestantes com gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento.

Foram registados vários feridos entre os manifestantes, atingidos por balas de borracha e granadas lançadas pelas autoridades, que utilizaram táticas militares para dispersar os manifestantes e retirar os detidos.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos também já reclamou da reação da população do estado às operações anti-imigração, marcada por vários atos de vandalismo contra o edifício federal em Los Angeles, assim como contra veículos do ICE na noite de sexta-feira, no final do primeiro dia de rusgas em pelo menos sete locais da cidade.

As operações foram apoiadas por agentes em uniformes camuflados e veículos blindados, que utilizaram gás para dispersar os manifestantes.

O FBI confirmou num comunicado a participação de agentes seus nas rusgas de imigração. Também foram vistos agentes com identificação da DEA, a unidade anti-droga da polícia norte-americana.

Esta é a maior operação simultânea para fazer deportações em massa em Los Angeles e noutras cidades da Califórnia desde que Donald Trump chegou à Casa Branca.

O objetivo da istração norte-americana é efetuar, pelo menos, 3.000 detenções por dia.

Leia Também: Califórnia palco de "protestos violentos". Trump acusa "esquerda radical"

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