Contratação pública. Governo quer privilegiar a fiscalização a posteriori

O Governo pretende acelerar licenciamentos e outros processos de contratação pública com medidas como a fiscalização a posteriori e a eliminação do excesso de pronúncias prévias, segundo o seu programa, hoje entregue na Assembleia da República.

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Lusa
14/06/2025 13:39 ‧ ontem por Lusa

Economia

Governo

De acordo com o documento, o executivo quer "desburocratizar e acelerar os regimes de licenciamento, de autori­zação e da contratação pública, eliminando o excesso de pronúncias prévias (incluindo pareceres, vinculativos ou não)", bem como "privilegiando a fiscalização a posteriori, adotando sempre que possível o deferimen­to tácito, e penalizando indeferimentos injustificados".

 

O executivo liderado por Luís Montenegro pretende ainda introduzir mecanismos que garantam que "a ausên­cia de clarificação relativa a um processo de licenciamento extingue determinadas exigências, dando aos cidadãos e empresas previsibi­lidade e segurança nos seus investimentos".

O Programa do XXV Governo pretende ainda "rever e simplificar as regras aplicáveis às empresas e às instituições e equipamentos sociais", desde a criação e registo, eliminando "atos exigidos para a sua atividade e procurando a simplificação, digitali­zação e eliminação de redundâncias".

De acordo com o documento, o Governo quer "também combinar os projetos de reengenharia de processos conduzidos por cada ministério, com um processo aberto", para recolher "contributos da sociedade civil" com o objetivo de identificar e preparar "medidas de des­burocratização e eliminação ou simplificação de processos ou requi­sitos istrativos".

O executivo aponta ainda a revisão e aceleração do sistema de controlo financeiro da istração Pública, "substituindo o paradigma de controlo prévio pelo controlo concomitante e sucessivo" e concentrando a jurisdição do Tribunal de Contas "no controlo específico e na responsabilidade financeira".

As restantes medidas am por rever e acelerar a justiça istrativa e fiscal, criar pontos únicos de o físicos e digitais para empresas e cidadãos, promover uma relação simplificada e eficaz com a istração, incentivar a colaboração ativa entre os diversos intervenientes para a adoção de soluções que garantam a célere aprovação de projetos, entre outros.

Pretende ainda "criar um portal público com estatísticas de cumprimento de prazos por entidade, eventualmente associados a sistemas de incentivos" e desenvolver, "no processo legislativo do Governo e desejavelmente do Parlamento e dos reguladores independentes, realização de testes de impacto burocrático antes da aprovação de novas medidas legislativas ou regulatórias, com possibilidade de rejeição se o impacto for negativo".

O Programa do XXV Governo Constitucional, saído das legislativas de 18 de maio ganhas pela coligação AD (PSD/CDS), foi entregue hoje na Assembleia da República, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim.

O programa de Governo foi aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira e será discutido na Assembleia da República na terça e quarta-feira.

Leia Também: Governo defende "sustentabilidade orçamental" da redução de impostos

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