"Temos de ser determinados e enérgicos na oposição àquilo de que discordamos e que vemos como retrocessos, como temos de ser responsáveis, ponderados e ativos na procura de caminhos que aprofundam os consensos democráticos na nossa sociedade", afirmou José Luís Carneiro na apresentação da sua candidatura à liderança do PS, no Largo do Rato, em Lisboa.
Carneiro defendeu que o partido "não é um partido da crítica pela crítica, nem é um partido que possa transigir com caminhos de retrocesso económico e social".
"Comigo na liderança, o PS não terá receio de promover consensos democráticos, nem será tíbio na oposição ao regresso das políticas que ponham em causa os valores e os princípios fundamentais do socialismo democrático", reforçou.
Afirmando que o PS é um "pilar do regime democrático" e o "líder do espaço progressista", Carneiro prometeu depois defender a Constituição da República, numa altura em que tanto a IL como o Chega anunciaram que pretendem rever a lei fundamental.
"Jurámos e defendemos a Constituição da República, acreditamos no aprofundamento da democracia e queremos um Portugal mais europeu, mais próspero e mais coeso. Tudo o que tivermos de fazer para o garantir, faremos sem estados de alma e com a convicção de estarmos a cumprir os nossos deveres perante as cidadãs e os cidadãos", avisou.
Depois, sem nunca referir explicitamente qualquer partido, José Luís Carneiro disse ser um homem "que sabe a diferença entre o fascismo e a democracia" e que não tem "grandes dúvidas sobre a grande superioridade do regime democrático dos últimos cinquenta anos", em contraponto com os "horrores da ditadura" do Estado Novo.
"Todos os que tentarem desvalorizar a grande obra da democracia serão sempre os nossos primeiros e os nossos maiores adversários", avisou.
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