Em comunicado, a DGRSP adiantou que desde o final da manhã de hoje "não há qualquer recluso em greve de fome", depois de um grupo de 30 ter iniciado o protesto no início da semana para exigir melhores condições no estabelecimento prisional.
Segundo a direção-geral, os 19 reclusos que continuavam com o protesto, depois de 11 terem desistido, "preencheram os impressos de cessação da greve de fome, tendo tomado normalmente a refeição do almoço de hoje".
Uma carta aberta dos reclusos enviada a várias entidades, a que a Lusa teve o na terça-feira, indicava que eram 40 os detidos que tinham entrado em greve de fome no dia anterior.
Na altura, a DGRSP referiu que os reclusos reclamavam de "algumas das regras que decorrem da regulamentação do regime de segurança em que se encontram" e exigiam mais atividades e ocupação para além das que já usufruem no estabelecimento prisional.
Protestavam também da assistência médica e medicamentosa que lhes é prestada na cadeia de Monsanto, que tem, para um universo de cerca de 70 reclusos, três médicos, dois psicólogos, um psiquiatra, um nutricionista, um farmacêutico e oito enfermeiros, indicou a direção-geral.
Entre vários pontos, a carta aberta reivindicava que as atividades, como o ginásio e a biblioteca, voltassem a funcionar como antes da pandemia da covid-19, que fosse aberta uma investigação sobre agressões físicas a reclusos e que fossem revistas as condições em que são prestados cuidados de saúde no estabelecimento.
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