Jair Pereira, principal suspeito do homicídio de Conceição Figueiredo, em Oliveira do Bairro, manteve um diário durante as semanas em que esteve em fuga. Foi nesse registo, onde dava conta das suas rotinas e estado emocional que confessou ter matado "o amor" da sua vida, segundo avança o Notícias de Coimbra.
De acordo com o jornal regional, o diário foi encontrado na casa de uma emigrante, onde Jair se escondeu nos últimos dias. O suspeito descreveu, ao longo dos 20 dias de fuga, o que comeu, onde se refugiou, a forma como se movimentou e o que sentiu.
Foi também nesses registos, escritos à mão, que confessou ter matado Conceição Figueiredo, conhecida como São, e a quem se referiu como "a minha Sãozinha, o amor da minha vida".
O Notícias de Coimbra adianta ainda que as autoridades também apreenderam, numa mochila, cerca de uma dezenas de cartas de despedida dirigidas a amigos.
Jair Pereira, de 54 anos, ficou na segunda-feira em prisão preventiva, depois de ser presente ao Tribunal de Aveiro.
Está indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
Jair Pereira fica em preventiva pela morte de São em Oliveira do Bairro
Jair foi ouvido nas últimas horas. Vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.
Notícias ao Minuto com Lusa | 18:33 - 09/06/2025Recorde-se que Jair foi detido pela Guarda Nacional Republicana (GNR) na tarde de sábado, "perto da sua área de residência, em Oliveira do Bairro", distrito de Aveiro, após semanas desaparecido.
O corpo da mulher, que estava desaparecida desde 18 de maio, foi encontrado no ado dia 1 de junho na zona de Mortágua, distrito de Viseu.
Jair e São terão sido namorados durante o verão do ano ado, até a mulher colocar um ponto final na curta relação.
Jair nunca ultraou o término e terá desenvolvido, segundo alguns meios de comunicação social, uma "obsessão" pela 'ex', perseguindo-a.
A 18 de maio, o ex-casal foi visto numa danceteria da freguesia de Palhaça, em Oliveira do Bairro e, horas mais tarde, numa pastelaria próxima. A partir daí, nunca mais ninguém viu São.
Já durante a madrugada, Jair dirigiu-se a casa de uns vizinhos e pediu para estes cuidarem da mãe durante uns dias. Avisou que se ia ausentar durante dois ou três dias, por estar "desnorteado".
Em casa, deixou a carrinha e documentos. Quatro dias após o desaparecimento, deflagrou um fogo na garagem da sua moradia, consumindo parte do edifício.
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