Costa tem "obviamente" medo de ser contaminado mas ainda não fez testes

O primeiro-ministro, António Costa, afirma que, como toda a gente, tem medo de ser contaminado pelo coronavírus, mas ainda não fez nenhum teste, e conta que não vê a mãe e os filhos há várias semanas.

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Lusa
11/04/2020 06:16 ‧ 11/04/2020 por Lusa

País

Covid-19

"Tenho obviamente o temor de que todos temos, mas confio mais naquilo que são as recomendações das autoridades de saúde", diz o líder do executivo em entrevista à agência Lusa.

"Essas normas têm evoluído e vou-me ajustando e procurando cumprir as recomendações que vão dando", acrescenta.

Quanto aos testes, revelou que não fez até agora e que só o fará se for essa a indicação médica.

"O teste é uma questão absolutamente de pura lógica, que nos diz qual é a nossa condição no momento em que fizemos o teste. Nada garante que cinco minutos depois, mesmo um nanossegundo depois, a nossa situação já não seja distinta", justifica.

António Costa manifesta-se contra a chamada "multiplicação de testes por ansiedade", alegando que "devem ser feitos quando há algum motivo, quando há uma suspeita de que as pessoas têm sintomas ou estiverem em o regular com pessoas de risco".

Quanto às normas de distanciamento social, reconhece que ainda não as interiorizou por completo, como ficou demonstrado na ada quinta-feira, quando apertou a mão em direto nas televisões ao titular da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, após a conferência de imprensa do Conselho de Ministros sobre o recomeço das aulas.

"Foi um momento de falha humana", assume.

Desde o início da crise da pandemia da covid-19 que António Costa se tem deslocado por todo o país sem proteção visível, mas não exclui a hipótese de vir a colocar máscara.

"Se um dia for essa a recomendação da Direção-Geral da Saúde, com certeza que me verão de máscara, tal como se estiver em o com alguém que esteja contagiado, como já é recomendação da Direção-Geral", afirma.

"Usarei uma máscara, como uso uma luva que comprei na farmácia quando vou ao multibanco, por exemplo, porque não quero contaminar involuntariamente outros ou, já agora, correr o risco de ser contaminado", acrescenta.

"Tenho receio" - prossegue -, "mas se não sou eu que confio nas instruções das autoridades de saúde, como é que eu posso pedir aos cidadãos que tenham confiança nas suas instruções? Tenho de as cumprir, naturalmente", remata.

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