"Não beneficiará ninguém". China condena ataques de Israel contra o Irão

A China condenou hoje os ataques israelitas contra o Irão e apelou a Israel para que pare a atividade militar contra a República Islâmica durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

embaixador da China junto do Conselho de Segurança, Fu Kong, Fu Cong,

© Michael M. Santiago/Getty Images

Lusa
13/06/2025 22:42 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Aumentar as tensões na região não beneficiará ninguém e apelamos a Israel para que pare os ataques ao Irão", disse o embaixador da China junto do Conselho de Segurança, Fu Kong, citado pela agência noticiosa oficial iraniana IRNA.

 

O representante permanente da China nas Nações Unidas afirmou que Israel "causou massacres no Irão e danificou instalações nucleares no país".

Fu referia-se aos ataques lançados por Israel hoje de madrugada contra instalações militares e nucleares no Irão que causaram pelo menos 78 mortos e 320 feridos, segundo as autoridades de Teerão.

Nos ataques, segundo a IRNA, morreram o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major-general Mohammad Bagheri, o comandante do Quartel-General Central de Khatam-al Anbiya, major-general Gholam Ali Rashid, e o comandante dos Guardas da Revolução, major-general Hossein Salami.

Também foram mortos o físico Mohammad Tehranchi e o cientista nuclear Fereydoon Abbasi, além de civis.

"De acordo com as autoridades israelitas, estes ataques vão continuar. A China condena estas ações que violam a segurança e a integridade territorial do Irão", afirmou o diplomata chinês.

Fu advertiu que os ataques "terão consequências graves", que não especificou, e que o agravamento das tensões na região "não beneficiará ninguém".

"Apelamos a Israel para que ponha termo aos ataques e para que todas as partes respeitem o direito internacional", insistiu.

Fu Kong disse que a China estava "muito preocupada" com os efeitos diretos dos ataques no processo diplomático do Irão.

"A China sempre apoiou a diplomacia e opôs-se a ações unilaterais", afirmou.

Fu defendeu ainda o respeito pelo direito do Irão, enquanto signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, de utilizar a tecnologia nuclear para fins pacíficos.

"Há muito tempo que se verificam conflitos no Médio Oriente e a situação continua crítica. A comunidade internacional deve procurar obter um cessar-fogo em Gaza, uma desescalada na região e a prevenção da escalada das tensões e dos conflitos", afirmou.

Fu Kong apelou aos "países com influência sobre Israel", numa alusão aos Estados Unidos, para que desempenhem "um papel construtivo".

"O Conselho de Segurança [da ONU] deve desempenhar o papel de guardião da paz", acrescentou, segundo a agência iraquiana.

Na sequência dos ataques israelitas, o Irão lançou centenas de mísseis e 'drones' contra Israel que causaram pelo menos 22 feridos, dois dos quais em estado grave, segundo as autoridades de Telavive.

Leia Também: "Falso". Israel nega que dois aviões seus tenham sido abatidos pelo Irão

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