Os outros cinco ativistas foram deportados na quinta-feira através do aeroporto de Telavive.
"Os advogados não puderam visitar três dos detidos entre os voluntários da Frota da Liberdade --- Mark van Rennes (Países Baixos), Pascal Maurieras (França) e Yanis Mhamdi (França) --- devido ao atual encerramento [causado] pela escalada entre Israel e o Irão", relatou o centro jurídico palestiniano que representa os ativistas em Israel, Adalah.
Um advogado do Fundo para os Defensores dos Direitos Humanos (HRDF, na sigla em inglês), em coordenação com o Adalah, conseguiu falar por telefone esta manhã com os detidos, que lhe transmitiram que se encontravam "em condições razoáveis, dadas as circunstâncias atuais".
A equipa jurídica afirmou estar a analisar opções legais, como a possibilidade de serem libertados sob fiança ou prisão domiciliária, caso as restrições devido ao atual estado de emergência continuem.
Esperava-se que Mark van Rennes deixasse o país entre quinta-feira e hoje, enquanto os dois ativistas ses, Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, deveriam ser transferidos para o aeroporto hoje à tarde.
Dos 12 ativistas que viajavam a bordo do "Madleen", um navio da organização Flotilha da Liberdade que pretendia quebrar o bloqueio israelita sobre Gaza e entregar uma quantidade simbólica de ajuda humanitária no enclave palestiniano, quatro (entre eles a ativista sueca Greta Thunberg) aceitaram ser deportados após a interceção do navio pelo exército israelita na madrugada de segunda-feira.
Os restantes ativistas recusaram-se a a deportação voluntária e foram detidos e levados a tribunal para ratificar as ordens de expulsão, uma vez que, segundo a lei israelita, quando uma pessoa recebe ordens de deportação é detida durante 72 horas ou mais antes de ser expulsa do país.
Segundo os advogados, as autoridades de Israel "intercetaram e tomaram posse à força" do navio e "detiveram os voluntários, violando a sua vontade e os seus direitos fundamentais de acordo com o direito internacional".
O grupo afirma que a interceção do navio ocorreu em águas internacionais, a 102 milhas náuticas da costa de Gaza, algo que Israel ainda não confirmou nem desmentiu.
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