Há cada vez mais ofertas de emprego falsas em Portugal. Por chamada telefónica, SMS ou WhatsApp, as burlas com supostas propostas de trabalho têm feito muitas vítimas por cá, o que já levou, inclusive, a um alerta por parte do Ministério Público (MP).
"Ao contrário do que sucedia até há pouco tempo, em que as ofertas fraudulentas surgiam sobretudo nas redes sociais, atualmente os esquemas envolvem o o direto com as vítimas, através de telefonemas, SMS ou mensagens via WhatsApp ou Telegram", explica a DECO PROTeste.
Importa referir que, "embora este tipo de esquemas sejam os mais comuns nos dias que correm, é importante manter-se alerta face a quaisquer ofertas de emprego duvidosas que encontre nas redes sociais, em jornais e até em sites de procura de emprego, aparentemente fidedignos ou que receba através de e-mails de remetentes desconhecidos".
Nesta senda, a organização de defesa do consumidor adianta 10 sinais que podem ajudar a identificar estes esquemas. Tome nota:
- Urgência. "Temos poucas vagas. Candidate-se já!" ou "Não perca esta oportunidade!". Reptos como estes servem para levar as vítimas a responderem ao anúncio rapidamente, sem se questionarem sobre a veracidade da oferta. Numa situação normal, as empresas dão um tempo razoável para a apresentação de candidaturas.
- Benefícios demasiado atrativos. “Oferecemos-lhe um part-time promovendo os nossos hotéis parceiros através do Booking por entre 80 e 300 euros por dia.” Este é um dos exemplos de mensagens divulgados pela Procuradoria-Geral da República que têm chegado aos telemóveis de muitos consumidores portugueses. Quando as condições oferecidas parecem demasiado boas para a função e os requisitos em causa, desconfie.
- "Trabalhe a partir de casa". Embora o teletrabalho seja hoje a realidade de muitos empregos, há muito que o “trabalho a partir de casa” é usado como isco em anúncios falsos.
- Promessa de contratação garantida. Que empresa contrataria alguém sem procurar saber um pouco mais sobre essa pessoa? Não acredite neste tipo de promessas.
- Exigência de pagamento. Processos de recrutamento ou funções que exijam pagamentos devem ser ignorados. Veja um exemplo: “Escolha: pagar 10 euros adiantados e receber 13 euros de volta, pagar 30 euros adiantados e receber 39 euros de volta, pagar 80 euros adiantados e receber 104 euros de volta e tornar-se funcionário pleno.”
- Omissão de informações. No mínimo, o anúncio tem de incluir a descrição do cargo, as funções a desempenhar, os requisitos solicitados, a área geográfica do posto de trabalho e os os para envio de candidaturas. Se estas informações não estiverem descritas no anúncio, é preferível não responder.
- Requisitos demasiado abrangentes. "Não precisa de ter experiência prévia ou qualquer formação específica." Ofertas de emprego deste género, cujos requisitos podem ser preenchidos por qualquer pessoa, devem ser motivo de alerta.
- Erros ortográficos, redação incorreta ou mensagens de áudio pré-gravadas. De um modo geral, quem pretende recrutar colaboradores preocupa-se com o rigor da escrita; por isso, tenha atenção a anúncios mal redigidos e que apresentem erros ortográficos. Além disso, chamadas automatizadas, com mensagens de áudio pré-gravadas são um forte sinal de que se trata de um o fraudulento.
- Exigência de informações confidenciais. Independentemente da etapa do processo de recrutamento, não é aceitável que informações confidenciais, como o número da conta bancária, sejam solicitadas.
- Registo através de links. Não clique em links de e-mails ou SMS – incluindo os que indicam, por exemplo, "Mais detalhes aqui" – a menos que conheça a origem, pois é provável que se trate de um esquema de phishing.
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