"Trata-se do primeiro aumento homólogo desde o primeiro trimestre de 2013, e está relacionado com as medidas excecionais tomadas a propósito da covid-19, que entraram em vigor em março, e que provocaram uma alteração significativa dos padrões de utilização do serviço telefónico fixo", refere o regulador das comunicações, numa nota enviada à imprensa.
Segundo a Anacom, na primeira semana de estado de emergência (16 a 22 de março) o tráfego de voz fixa cresceu 61% face à semana anterior à declaração de pandemia (02 a 08 de março).
Também a duração média das chamadas originadas na rede fixa aumentou cerca de 17 segundos no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo.
Já a duração média das chamadas nacionais entre dois telefones fixos aumentou 27 segundos.
A Anacom relembra que, nos primeiros três meses de 2019, este tipo de tráfego tinha diminuído 15,9% face ao mesmo período do ano anterior.
No trimestre em análise, o número de clientes do serviço telefónico fixo na modalidade de o direto era de cerca de 4,1 milhões, mais 85 mil do que no primeiro trimestre de 2019, refletindo um crescimento de 2,1%.
Relativamente às quotas de mercado, entre janeiro e março deste ano, a quota de clientes de o direto da MEO atingiu 42,1%, seguindo-se o Grupo NOS com 35,9%, a Vodafone com 18,3% e o Grupo NOWO/Onitelecom com 3,4%.
De acordo com a Anacom, a Vodafone foi o único operador cuja quota aumentou, um ponto percentual.