O diretor executivo da Liga enalteceu hoje a forma "lisa e elevada" como decorreu a Assembleia Geral (AG) extraordinária do organismo que rege as competições profissionais de futebol, dando conta do consenso entre os clubes.
Na mensagem reproduzida pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), após ter comunicado as decisões em comunicado, e sem declarações aos jornalistas, Paulo de Mariz Rozeira destacou a forma como se desenrolou a reunião magna, que visava a alteração dos regulamentos de competições e disciplinar para a época 2025/26.
"A condução dos trabalhos pelo presidente da Assembleia Geral [António Saraiva] correu muito bem. Foi possível concertar todas as propostas e chegar a uma conclusão de aprovação", afirmou Paulo de Mariz Rozeira.
A introdução de uma substituição adicional e permanente em casos de concussão foi uma das principais alterações aprovadas hoje, tendo em vista a proteção da integridade física dos jogadores.
Foi igualmente aprovado um novo modelo para a reposição da bola em jogo, com a implementação do sistema de multibolas, que prevê a colocação de várias bolas junto às linhas laterais, uma medida que visa aumentar o ritmo e a fluidez das partidas e que já tinha sido testada na 'final four' da Taça da Liga e nos play-offs de o aos dois principais escalões.
"No caso das multibolas, depois da experiência que fizemos na Taça da Liga e nos play-offs de fim de época, vimos que era uma solução que melhora o produto para os espetadores e telespetadores. Como tal, avançámos para a obrigatoriedade da sua utilização em substituição dos apanha-bolas tradicionais", explicou.
Já no plano da integridade física dos jogadores, o protocolo de substituição por concussão é visto como um avanço importante.
"Há uma preocupação claríssima das sociedades desportivas e dos seus departamentos médicos com o bem-estar dos jogadores. Cria-se mais uma substituição no caso provável de concussão", frisou o diretor executivo do organismo.
Outra das mudanças visou regulamentar as competições em que os jogadores podem cumprir castigos.
"Os clubes identificaram a possibilidade de certos jogadores cumprirem sanções noutras competições. Agora trabalharam com a LPFP uma proposta para fechar essa lacuna. Fica assim reforçada a via de cumprimento de castigos, tudo em benefício do futebol", referiu Paulo de Mariz Rozeira, sem detalhar.
Esta foi a primeira AG liderada por António Saraiva, que sucedeu a José Mendes, candidato derrotado por Reinaldo Teixeira nas eleições para o organismo, em 11 de abril.
As decisões tomadas na AG, à qual faltaram Rio Ave e Alverca, da I Liga, e Mafra, despromovido à Liga 3, devem, agora, ser ratificadas pela AG da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
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